Com o avanço da tecnologia e a consolidação do consumo digital, o processo de distribuição de músicas segue em constante transformação. Em 2025, entender como fazer esse conteúdo chegar ao público de forma eficiente é essencial para o sucesso de qualquer artista. A distribuição musical, antes centrada em mídias físicas como CDs e vinis, agora se dá majoritariamente por meio de plataformas digitais, com a intermediação de agregadoras especializadas.
“O artista não precisa mais negociar com cada plataforma de forma individual. Hoje, ele envia seu material para uma distribuidora digital, que se encarrega de disponibilizar a música nas principais plataformas, como Spotify, Deezer, Apple Music e YouTube Music”, explica Daniel Morelo, artista e produtor musical com atuação também no Formemus, evento que promove conexões entre profissionais do setor. Segundo ele, além da entrega técnica, essas distribuidoras oferecem ferramentas importantes como relatórios de desempenho, suporte de marketing e até pitching editorial, etapa fundamental para que uma música seja incluída em playlists de destaque.
Nomes como Ditto Music, Tunacore e OneRpm estão entre os principais serviços de distribuição de música. Apesar de a distribuição física ainda existir, principalmente no nicho de vinis e produtos vendidos em shows e lojas especializadas, ela representa uma fatia muito menor do mercado atual. A atenção maior está, de fato, no ambiente digital, onde ocorre a maioria dos lançamentos musicais e, consequentemente, a maior parte da remuneração dos artistas.
Quando o assunto é escolher a melhor plataforma para distribuir músicas em 2025, Morelo destaca que não existe uma única resposta. “Todas são pertinentes e têm o seu próprio alcance. Cabe ao artista saber qual é a plataforma que o seu público costuma usar e consumir”, afirma. Essa leitura de público, segundo ele, é essencial para o direcionamento correto das estratégias de lançamento.
Mas há uma diferença importante entre simplesmente estar presente nas plataformas e ter apoio direto delas. “Quando é o artista que escolhe a plataforma, o esforço de divulgação é todo dele. Já quando a plataforma se propõe a lançar a música, ela fará o esforço necessário para que o trabalho alcance um bom público”, aponta Morelo. Isso mostra a importância de construir relacionamentos com as distribuidoras e com os próprios serviços de streaming, aumentando as chances de apoio editorial e visibilidade.
Para Morelo, distribuir é apenas uma etapa dentro de um processo muito mais amplo, que envolve planejamento de lançamento, comunicação, identidade visual e presença nas redes. “É esse tipo de visão que a gente procura fomentar através do Formemus, criando pontes entre criação, mercado e público”, conclui. Em um cenário cada vez mais competitivo, dominar as ferramentas e estratégias de distribuição pode fazer toda a diferença na trajetória de um novo projeto musical.
FONTE : ES BRASIL